Resenha - Beta

26 de setembro de 2014

Edição: 1
Editora: iD
ISBN: 9788516091699
Ano: 2014
Páginas: 288
Tradutor: Marina Garcia

Sinopse - Beta - Annex - Livro 01 - Rachel Cohn
Em um mundo construído com perfeição absoluta, a imperfeição é difícil de entender e impossível de esconder. Elysia é um clone, criada em laboratório, nascida como uma garota de dezesseis anos, um vaso vazio, sem experiência de vida para se basear. Ela é uma Beta, um modelo experimental de clone adolescente. Ela foi replicada a partir de outra adolescente, que morreu para Elysia ser criada. O propósito de Elysia é servir os habitantes de Demesne, uma ilha paradisíaca para as pessoas mais ricas do planeta. Tudo em Demesne é uma perfeição em bioengenharia. Até o ar induz à uma estranha euforia que somente os trabalhadores da ilha—clones sem alma como Elysia—são imunes a ele. Inicialmente, a nova vida de Elysia nessa ilha é idílica e mimada. Mas logo percebe que os humanos de Demesne, as mais privilegiadas pessoas do mundo, anseiam. E percebe que debaixo do exterior impecável, há uma corrente de descontentamento entre os clones. Ela sabe que não tem alma e não consegue sentir e se importar—então por que tudo as sensações estão turvando a mente de Elysia? Se alguém descobrir que Elysia não é o clone insensível que finge ser, ela sofrerá um terrível destino, doloroso demais para se imaginar. Quando a única chance de felicidade de Elysia é arrancada dela com uma crueldade de tirar o fôlego, as emoções que sempre teve, mas nunca entendeu, são desencadeadas. Quando a raiva, o terror, e o desejo, ameaçam dominá-la, Elysia deve encontrar a vontade de sobreviver.


Em Demesne, uma ilha isolada do resto do mundo, tudo é perfeito; a água e o ar são especialmente controlados para serem melhores dentro da bolha que cerca a ilha. Mas, há um problema: a ilha é tão perfeita, que deixa os humanos relaxados, sem vontade de trabalhar. As pessoas que vivem ali são muito ricas e precisam de empregados, mas o custo para trazer alguém de fora da ilha é muito alto e completamente sem sentido, pois eles ficarão indispostos a trabalhar.

Então, são criados os clones. Com um único propósito na vida – servir -, os clones ocupam vários cargos na ilha, desde empregados a construtores, ou governantas, etc. Quando alguém morre dentro da bolha da ilha, seu corpo é levado para a Dra. Lusardi, que o clona, apagando completamente traços de memórias e retirando suas almas. 

Elysia é um clone, mas não é um clone comum. Ela é um dos novos modelos beta de Lusardi; Elysia é uma adolescente. Além disso, é uma das clones mais perfeitas já feitas até então; com beleza, agilidade e habilidades incríveis herdadas de sua Matriz, Elysia logo chama atenção. 

Não demora em Elysia ser comprada. A “Mãe”, como ela pede que Elysia a chame, é esposa do Governador de Demesne e ficou completamente encantada com a clone e decidiu comprá-la para fazer companhia tanto a ela como a seus filhos, principalmente agora que uma das filhas foi estudar em outra cidade. 

Elysia aos poucos vai aprendendo o que pode sobre o mundo que a rodeia, adicionando informações a seu chip. Ela sabe que seu único propósito é servir, mas à medida que vai se encaixando na vida daquela família, Elysia passa a ter sensações e flashs de memórias que ela acredita terem pertencido à sua Matriz. Isso não é normal, então ela mantêm em segredo. 

Tudo parece piorar com o tempo. Enquanto ouve rumores sobre uma tal de Insurreição, um movimento rebelde que planeja tirar os clones da vida de escravidão, Elysia conhece Tahir, o garoto que partiu o coração da filha do Governador. Ela não consegue entender o que ela sente por Tahir, sendo que não devia sentir nada. 

Enquanto tenta ao máximo esconder os seus segredos, Elysia vai descobrindo outros que a fazem questionar sobre a Insurreição e sobre o que há de errado com ela. Seria ela uma Defeituosa? Logo, acontecimentos levam-na a situações arriscadas e a força a tomar uma decisão sobre tudo; sobre sua vida, sobre Tahir e sobre a revolução que se mostra mais poderosa a cada dia. 

Entrando para o hall de distopias, Beta toca em um assunto pouco utilizado no mundo literário: clonagem. A nova estrutura mundial imaginada por Rachel Cohn é muito diferenciada, já que existem algumas cidades, como Bioma, cuja estrutura é baseada em vegetação (sim, as casas têm formas de vegetação, até onde eu entendi). Mas isso não dá negatividade ao livro. 

A narrativa da autora, que no começo do livro tem um foco maior na explicação sobre o novo mundo e o nascimento dos clones, segue um ritmo crescente; à medida que as páginas vão passando, mais acontecimentos aparecem e mais segredos são revelados. Quando chegamos ao final (e OMG, que final!), percebemos que ele compensa toda a calmaria do começo. 

Gostei dos personagens, da trama e da inovação que Rachel Cohn trouxe para o mundo das distopias. A capa do livro é muito bonita, apesar desse olhar vidrado da modelo que me dá um pouco de medo. Editora iD que acelere o processo, pois preciso da continuação logo!

 Por: Henrique Morais

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6 comentários

  1. Oi Henrique!!!

    Cara, eu queria muito ler este livro, mas a capa me dá medo! kkkkkkkkkkkkkkk

    Adorei tua resenha, quem sabe, se houver um relançamento com uma capa mais bonita, eu encare neh? rsrsrsrrsrs

    bjo bjo^^

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  2. Gosto muito de distopia, história bastante interessante, o livro parece ser ótimo, também achei a capa bonita mas num me deu medo não, quero muito ler!

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  3. Confesso que olhando a capa eu tbm ficaria com medo de ler kkkk,mais lendo a sinopse e a resenha fiquei bem curiosa em acompanhar essa história

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  4. Essa é a primeira resenha que leio sobre o livro,e gostei!
    Apesar da história,fugir um pouco do gênero de livro que costumo ler,achei essa trama interessante!
    Só não curti muito a capa. :-\

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  5. Adoro distopia, e achei essa bem interessante. Realmente, Henrique! Ainda não vi uma distopia que abordasse a temática Clonagem. Aliás, acho que nunca li nenhum livro que abordasse ela. Acho bem legal quando os autores, logo nas primeiras páginas, ambientam seus leitores, apresentando-os seu universo. E que bom que a trama foi em uma crescente bem legal. Estou bem curioso pra ler.

    @_Dom_Dom

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  6. Ameeeei *u* amo distopias então é otimo quando vejo alguma diferente, ja quero ler. Ja coloquei na lista e vou ler assim que puder *u* E quanto a capa.. Não me ''assustou'' mas tambem não me encantou. Acho que poderia ser melhor :p

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