Resenha - Silêncio - Richelle Mead

5 de agosto de 2016

Edição: 1
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501107381
Ano: 2016
Páginas: 280

Um romance de fantasia e aventura da mesma autora de Vampire Academy. Pelo que Fei se lembra, nunca houve um ruído em seu vilarejo todos são surdos. Na montanha, ou se trabalha nas minas ou na escola, e as castas devem ser respeitadas. Quando algumas pessoas começam também a perder a visão, inclusive a irmã de Fei, ela se vê obrigada a agir e a desrespeitar algumas leis. O que ninguém sabe é que, de repente, ela ganha um aliado: o som, e ele se torna sua principal arma. Ao seu lado, segue também um belo e revolucionário minerador, um amigo de infância há muito afastado em função do sistema de castas. Os dois embarcam em uma jornada grandiosa, deixando a montanha para chegar ao vale de Beiguo, onde uma surpreendente verdade mudará suas vidas para sempre. Fei não demora a entender quem é o verdadeiro inimigo, e descobre que não se pode controlar o coração.

Silêncio nos conta a história de Fei, uma jovem que mora em um vilarejo onde todos são surdos e o motivo ninguém sabe, ninguém se que lembra qual foi a última geração que um dia escutou algo por ali e em torno disso surgiram muitas lendas e histórias para tentar explicar o porque todos ali são incapazes de escutar. 

Nessa montanha, a sociedade mora é dividida entre os artistas e os mineiros, e a população sobrevive por meio de uma troca de minérios por mantimentos com uma cidade próxima.  Fei e sua irmã são artistas, elas retratam o que acontece no vilarejo e com isso Fei começa a perceber que a fome passa a assolar a cidade, aliada a uma cegueira repentina que passa a atingir a população, inclusive sua irmã.

Essa onda de cegueira que atinge os moradores faz com o que a produção de minério despenque e com pouco material para trocar por mantimentos a população começa a sofrer com a fome e uma crise se instala na vila. Com tudo isso acontecendo, Fei se vê obrigada a tomar uma atitude e para isso vai precisar desrespeitar algumas lei se quiser ajudar seu povo, para ajuda-la nessa aventura surge um novo aliado, o som. 



De cara já se percebe a originalidade do livro, no entanto eu diria que ela foi pouco aproveitada. Comecei a leitura sem grandes expectativas, pois apesar de adorar a Richelle Mead em Academia de Vampiros e Georgina Kincaid, eu não gostei muito dos outros livros que li da autora. 

Como dito anteriormente, o enredo é bem original e diferente de tudo o que eu já tinha lido, mas foi prejudicado por um inicio lento e arrastado, demorei séculos para engrenar na leitura e quando eu comecei a gostar da história, parece que tudo foi acontecendo rápido demais. 

A narrativa é feita em primeira pessoa e teve que ser muito bem trabalhado pela autora, pelo fato das pessoas serem mudas, o livro não diálogo, é feita somente com o que a Fei é capaz de ver e por meio da linguagem de sinais. 

O ponto mais bacana do livro foi a inserção na cultura asiática que foi bem interessante e descritiva o que mostra o cuidado com o trabalho de pesquisa da autora. É uma cultura linda e amei ter conhecido tudo isso. 



Os personagens também não me pegaram de jeito, apesar de ter gostado do romance, essa relação fica completamente como coadjuvante se comparada a relação entre Fei e sua irmã, que também foi uma das coisas mais legais do livro, eu como tenho uma relação maravilhosa com meu irmão, me identifiquei muito. 

O final foi sensacional, mas poderia ter tido umas boas páginas a mais para que não ficasse tão corrido. Foi um início difícil, mas ao longo do livro foi impossível não roer as unhas de tanta curiosidade pelo que viria a acontecer e para saber os motivos por trás da cegueira e da surdez. 

Livro bacana e recomendo bastante para quem assim como eu gosta de um livro que mistura aventura, romance e uma boa dose de mitologia. A capa é maravilhosa e o trabalho de edição e diagramação também ficou ótimo.




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