Resenha - Magônia - Maria Dahvana Headley

31 de outubro de 2016

Ano: 2016 / Páginas: 308
Idioma: português
Editora: Record

Uma fantasia original com ótimos personagens, complexidade emocional e um universo fantástico. Aza Ray nasceu com uma estranha doença incurável que faz com que o ato de respirar se torne mais difícil. Aos médicos só resta prescrever medicamentos fortes na esperança de mantê-la viva. Quando Aza vê um misterioso navio no céu, sua família acredita que são alucinações provocadas pelos efeitos do medicamento. Mas ela sabe que não está vendo coisas, escutou alguém chamar seu nome lá de cima, nas nuvens, onde existe uma terra mágica de navios voadores e onde Aza não é mais a frágil garota enferma. Em ''Magônia'', ela não só pode respirar como cantar. Suas canções têm poderes transformadores e, através delas, Aza pode mudar o mundo abaixo das nuvens. Em uma brilhante e sensível estreia no gênero young adult, Maria Dahvana Headley constrói uma fantasia rica em nuances e cheia de simbolismo.



Aza Ray Boyle desde criança sofre com uma doença que faz com que respirar seja um trabalho complicado. Sua vida é feita de hospitais e remédios em fase de teste. Ninguém consegue diagnosticar qual sua doença, o que é o mais frustante. 

Mas, apesar de tudo, Aza tenta seguir sua vida de forma natural. Ela tem uma família incrível e um melhor amigo perfeito, por quem é secretamente apaixonada... Só que as coisas começam a ir de mal a pior.

Perto de completar 16 anos, Aza começa a alucinar. Ela vê um enorme navio navegando por trás das nuvens e ouve vozes vindas do céu, chamando por seu nome, gritando por ela. Ela tenta ao máximo ignorar e ser uma pessoa normal, acreditando que são apenas efeitos dos remédios, mas então sua saúde começa a ficar instável e o pior acontece: Aza morre.

Ou, pelo menos, é o que todos acreditam. Mas Aza acorda a bordo de um barco cheio de híbridos pessoas-pássaros que dizem que ela é a filha perdida da capitã e está em Magônia, um antigo mundo oculto nas nuvens. Lá, Aza consegue respirar novamente e, melhor ainda, consegue cantar. Seu canto possui um poder imenso e com ele ela pode mudar tudo ao seu redor. 

Mas grandes poderes em mãos erradas podem levar a grandes catástrofes e Aza precisa descobrir em quem ela pode confiar, para salvar a si mesma e aqueles que ama.

Sou matéria escura. O universo dentro de mim está cheio de alguma coisa, e nem a ciência consegue ter ideia do que seja. Sinto como se fosse feita quase inteiramente feita de mistérios.

Eu tinha expectativas beeeem diferentes sobre Magônia. A premissa e a capa do livro são bem chamativas e instigantes, o que me fez ficar louco para lê-lo; o livro não atingiu minhas expectativas da forma como eu esperava, mas acabou me surpreendendo no final. Estranho? Vou explicar.

Fiquei um pouco "perdido" no começo do livro. Nas primeiras páginas a narrativa (na visão de Aza) é um tanto intensa e confusa, cheia de frases longas e muita informação de uma vez só, mas ainda assim eu não desisti. Aos poucos, a narrativa foi melhorando e logo eu conseguia acompanhar - e gostar - da história contada pela personagem.

Outra coisa que me incomodou no começo foi: o mundo criado pela autora é BEM diferente. Não um diferente ruim, mas precisei de um tempo para me acostumar. Não vou me aprofundar porquê pode ser spoiler, mas algumas coisas eu fiquei bem "o que tá acontecendo?" haha Sei que é um livro de fantasia, mas a autora foi bem fundo no sentido de fantasia haha.

Por mais que tenha me deixado confuso no começo, eu gostei de Aza. Ela é uma personagem decidida, corajosa e cheia de personalidade. E Jason, seu amigo, não fica pra trás. Esperto, confiante, determinado... Os dois personagens, e os demais, conseguiram me conquistar e tornar a leitura mais prazerosa.

Em suma, Magônia é um livro ótimo. Não é perfeito, mas conquista o leitor com sua trama rica em fantasia e aventura. O mundo criado pela autora, mesmo que bem diferente do que estamos acostumados, é encantador e cheio de magia. Eu adorei a leitura (sério, quem não gosta de pessoas-pássaros?).

O final é o ponto alto do livro, cheio de surpresas e ação. Me prendeu bastante e me deixou louco pela continuação, já que terminou em um momento chave da história. Ficaram algumas pontas soltas na trama e várias possibilidades a serem exploradas, mas acredito que a autora vá trabalhar melhor isso em Aerie (vol. 2).

Super recomendo a leitura!


Resenha - O Menino Que Desenhava Monstros - Keith Donohue

30 de outubro de 2016

Ano: 2016 / Páginas: 256
Idioma: português
Editora: DarkSide Books

Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal.
Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar.
Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais.
Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.


Jack Peter tem síndrome de Asperger. Desde pequeno, seus pais perceberam que ele era diferente das outras crianças e, no começo, os médicos diziam que era apenas uma fase ou que era normal, até que o diagnóstico foi inevitável. Não bastasse isso, aos sete anos ele seu melhor amigo quase se afogaram e desde então Jack desenvolveu agorafobia.

Jip (apelido do Jack) sempre foi um garoto intenso; quando ele decide fazer algo, ele faz apenas aquilo por um longo período de tempo e carrega com ele seu amigo, Nick. O novo vício de Jack é desenhar monstros, mas isso parece também ter algo a ver com seu medo de sair de casa; ele parece acreditar que os monstros estão lá fora, esperando que ele saia para pegá-lo. 

Ter medo de monstros é normal para uma criança, até certo ponto, mas tudo deixa de ser normal quando coisas estranhas começam a acontecer na casa. Sua mãe começa a ouvir vozes, seu pai vê um estranho homem branco andando pelas redondezas, batidas misteriosas e aparições assombram a casa... Os pais de Jip acham que podem estar ficando loucos e buscam por respostas, mas, enquanto eles andam em círculos, os monstros que Jack Peter desenha em seu caderno começam a ganhar vida e podem estar bem próximos de conseguir o que querem.

” Ultimamente, os monstros vinham persegui-lo dentro dos sonhos. Eles pousavam a mão em seus ombros. Sussurravam em seus ouvidos enquanto ele dormia…” ⠀⠀⠀
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O Menino Que Desenhava Monstros foi um livro que me pegou de surpresa. De cara, eu esperava um livro mais puxado para o terror, mas Keith Donohue nos apresenta uma obra prima em forma de thriller psicológico, que explora a fantasia e a realidade da mente humana, cheia de tensão e bons personagens.

Os personagens de Donohue são habilmente desenvolvidos; com personalidades marcantes, cheios de medos e certezas, eles se mostraram bastante reais e deram charme e alma à trama. Eles conseguem transmitir os sentimentos aos leitores e fazê-los se sentirem parte da história. O Jip me encantou e me amedrontou ao mesmo tempo, acreditem.

O livro me deixou tenso do início ao fim, não nego. Em momento algum eu achei a narrativa arrastada ou tediosa; a escrita do Keith me conquistou pela simplicidade e pela habilidade que o autor tem de manter o leitor preso à história. Eu ficava sempre querendo saber onde aquilo ia dar, como os personagens iam enfrentar tal dilema... Foi uma leitura maravilhosa.

Apesar de já suspeitar do desfecho, eu o adorei mesmo assim, e a única ressalva que tenho em relação ao livro é: queria mais páginas. Não estava pronto para dizer adeus ao Jip e aos seus monstros.

Leiam O Menino Que Desenhava Monstros assim que puderem.

Resenha - Um Novo Mundo - Bibi Tatto

29 de outubro de 2016


Ano: 2016 / Páginas: 144
Idioma: português
Editora: Novas Páginas

O tempo está correndo e Bibi precisa alcançar logo seu irmão, Gagui, senão...
Você conhece o mundo do Minecraft? Então certamente sabe quem é a Bianca Tatto, ou melhor, Bibi! Ela tem hoje um dos canais mais importantes no Youtube sobre Minecraft, com dicas e experiências que divide com um grupo de mais de um milhão de inscritos que a segue e comenta tudo que posta. Também é considerada a garota gamer mais assistida entre os youtubers do Brasil, além de uma das maiores do mundo. Neste livro, Bibi apresenta uma incrível competição entre o avatar dela e o do Gagui dentro de um novo mundo que ela criou no jogo. Enquanto isso, alterna a história com momentos divertidos de sua vida e confusões reais que se meteu durante seus dezesseis anos de idade. Se você curte Minecraft e procura por uma empolgante história, não pode deixar de saber quem sairá vencedor dessa perseguição! Preparado para a aventura?

Gostaria de começar essa resenha contando um fato a vocês: eu não SUPORTO Minecraft. Meu irmão era viciado nisso e eu passei a odiar esse jogo (até porquê ele é bem sem graça). Mas um fato maior que esse é que o jogo é um sucesso mundial e os canais no YouTube voltados para o jogo crescem mais e mais a cada dia, então não demorou muito a ele invadir também as páginas dos livros.

Em Um Novo Mundo, quem ainda não conhece (como eu) passa a conhecer a Bibi, que tem um dos mais importantes canais sobre Minecraft do YouTube, além de ser considerada uma das maiores garotas gamers assistidas do Brasil.

Nesse livro, acompanhamos ela em uma aventura no jogo, que corre bem até seu irmão, Gagui, invadir o jogo e propor a ela um desafio, fazendo-a rever suas estratégias para conseguir vencê-lo. Será que ela consegue?

O livro mistura bem as aventuras dela no jogo com fatos reais da sua vida, sobre sua infância e o início do canal, então isso torna o livro uma ficção biográfica, como eu gosto de chamar haha 

A escrita da Bibi é bem simples (pelo menos, ela mesma escreveu!), mas bem fluída e até divertida de se ler. O livro é fininho, não muito detalhista, mas com certeza é uma boa leitura para os fãs do jogo. Para mim não foi muito empolgante pela razão que falei no começo... eu não entendo muito como o jogo funciona haha 

De qualquer forma, é um livro divertido. Se você curte Minecraft, vale a pena dar uma chance.

Resenha - Tudo e Todas as Coisas - Nicola Yoon

28 de outubro de 2016


Ano: 2016 / Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Novo Conceito

"Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."

Madeline possui uma doença rara, conhecida como Imunodeficiência Combinada Grave, na qual qualquer coisa, até mesmo poeira, pode matá-la, e por causa disso nunca conheceu o mundo. Desde que foi diagnosticada, quando criança, Maddy vive sob o teto da sua casa e sob regras rígidas para prezar pela sua saúde, acompanhada apenas da sua mãe, de uma enfermeira e dos seus livros.

Tudo muda quando uma família se muda para a casa ao lado e Maddy conhece Olly; eles cruzam olhares à distância e, a partir daí, a vida de Maddy muda completamente. Olly a encontra na internet e eles começam a conversar, mas aos poucos emails começam não serem o bastante. 

Maddy então decide que é hora de se arriscar e viver sua vida, mesmo com as limitações que sua doença lhe impõe. Sua vida entra num novo roteiro e, à medida que segredos começam a surgir, Maddy começa a quebrar regras, mas o que ela não sabe é que sua decisão de viver pode colocar em risco não só a sua própria vida, mas quase tudo que ela ama.

Ele apoia a testa contra a minha. Seu hálito é quente contra o meu nariz e bochechas. E levemente doce. O tipo de doce que faz você querer mais.
— É sempre assim? — pergunto, ofegante.
— Não — diz ele. — Nunca é assim. — Percebo o encantamento na voz dele.
E, assim, tudo muda.

Tudo e Todas as Coisas foi uma surpresa incrível. Eu já tinha vontade de ler o livro, mas acabei gostando MUITO mais do que eu esperava. O livro me pegou de jeito e me prendeu até o fim. 

Eu tinha ficado meio apreensivo sobre como se desenvolveria uma história na qual a personagem não pode sair de casa, admito, mas a Nicola me surpreendeu. Ela tem um jeito único de contar a história, leve e divertido, que prende o leitor e supera as barreiras impostas pelo cenário.

Os personagens me encantaram. Madeline consegue conviver com sua doença e, quando encontra a coragem, a supera facilmente. Ela é uma garota decidida e com ótima personalidade, e quando está com Olly (que é muito legal também), se torna uma pessoa incrível. Eu adorei os dois e a relação entre eles.

O final do livro é bem diferente do que se espera de um sick-lit, mas ainda assim foi um bom final. Não foi uma surpresa total, já que a autora deu pistas sobre o desfecho durante a trama, mas conseguiu me prender. 

Enfim, Tudo e Todas as Coisas é um livro incrível. Cheio de reflexões e lições para se aprender, o livro traz mensagens importantes sobre aproveitar a vida e sobre como o amor muda tudo. Super recomendo a leitura.


Resenha - Apenas Um Garoto - Bill Konigsberg

27 de outubro de 2016


Ano: 2016 / Páginas: 256
Idioma: português
Editora: Arqueiro


Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca sofreu bullying. Mas está cansado de ser rotulado como o garoto gay, o porta-voz de uma causa. Por isso ele decide entrar numa escola só para meninos em outro estado e manter sua orientação sexual em segredo: não com o objetivo de voltar para o armário e sim para nascer de novo, como uma folha em branco. O plano funciona no início, e ele chega até a fazer parte do grupo dos atletas e do time de futebol. Mas as coisas se complicam quando ele percebe que está se apaixonando por um de seus novos amigos héteros.

Rafe saiu do armário aos 13 anos e nunca teve nenhum problema por conta disso; seus pais o amam e ele nunca sofreu bullying na escola. Mas, com o passar do tempo, ele começou a se cansar desse rótulo. Não que ele tenha de repente se tornado hétero novamente; ele só estava cansado de ser visto como o "garoto gay" e não como ele mesmo.

Por isso, ele convence os pais a o deixarem se mudar para uma escola só para garotos em outro estado e lá ele mantêm sua orientação sexual em segredo. Seus pais não entendem, mas Rafe sabe o que está fazendo. E tudo começa como uma maravilha: ele agora tem vários amigos homens que o tratam como um igual, está no time de futebol e seu novo começo parece que vai dar certo.

Até que ele se apaixona por um dos seus amigos. Tudo começa como um bromance, um amor de irmãos, mas aos poucos as coisas começam a ficar mais confusas e Rafe começa a se questionar se fez a coisa certa e quais as consequências que vai sofrer ao contar a verdade.

Quem era Rafe de verdade? É possível deixar uma parte de si mesmo em espera? E, se você fizer isso, ela se torna uma mentira?

O que me chamou atenção de cara em Apenas um Garoto foi a premissa; romances LGBT geralmente tratam sobre autodescoberta, aceitação, etc, mas esse livro puxa um assunto importante e pouco discutido quando o assunto é homossexualidade. Essa coisa de querer ser tratado como igual, de não querer ser visto por sua sexualidade e sim por quem você é... isso é muito REAL. Isso existe e é mais comum do que imaginam, e não estou falando de igualdade social aqui. Entendam o contexto.

Voltando ao livro: a premissa é muito boa e o autor conseguiu desenvolver isso MUITO BEM. O livro prende o leitor, o faz querer saber como as coisas vão se desenrolar e o faz começar a torcer por Rafe e Ben. Essa descoberta do amor entre eles foi uma coisa tão suave e bem dosada... você começa amando a amizade deles e querendo um amigo igual e então você nota que um de fato gosta do outro e isso foi incrível. Parabéns, Bill.

E, falando do autor, a escrita dele é muito boa, sério. O livro é narrado pelo personagem e com umas ocasionais cartas dele contando o passado para um professor e eu adorei a narrativa do Rafe; é bem fluída, leve e descontraída.

Juro a vocês que eu ia dar cinco estrelas a esse livro. Ele estava muito bom, muito bem escrito e aí, BAM, o autor faz uma cagada horrível. Não sei o que ele quis mostrar com isso, mas ele errou feio no final e deixou perguntas não respondidas. Não vou contar muito para não estragar a experiência de vocês, mas foi meio broxante, admito. 

Dei quatro estrelas ao livro, porque de fato é muito bom. Fiquei triste com o final, mas fazer o quê? haha Espero que gostem!




Resenha - George - Alex Gino

26 de outubro de 2016

Ano: 2016 / Páginas: 144
Idioma: português
Editora: Galera Junior

Seja quem você é. Quando as pessoas olham para George, acham que veem um menino. Mas ela sabe que não é um menino. Sabe que é menina. George acha que terá que guardar esse segredo para sempre: ser uma menina presa em um corpo de menino. Até que sua professora anuncia que a turma irá encenar “A teia de Charlotte”, e George quer muito ser Charlotte, a aranha e protagonista da peça. Mas a professora diz que ela nem pode tentar o papel porque... é um menino. Com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, George elabora um plano. E depois que executá-lo todos saberão que ela pode ser Charlotte — e entenderão quem ela é de verdade também.

Para George, ela é uma menina. Mesmo tendo nascido biologicamente menino e ser vista como menino pelas outras pessoas, ela sabe que não é menino e queria que todos também soubessem. O que ela não sabe é como contar isso para os outros.

A oportunidade aparece quando sua professora decide fazer uma peça teatral de A Teia de Charlotte. George adora esse livro e ama Charlotte, a aranha, e acha que seria incrível interpretá-la. A ideia parece incrível, até que a professora deixa claro que ela não poderá interpretar Charlotte. 

Então, George e sua amiga, Kelly, que conseguiu o papel de Charlotte, bolam um plano para George aparecer na peça e se mostrar a garota que é. Assim, todos poderão saber que ela é capaz de interpretar Charlotte e entenderão, finalmente, quem ela realmente é.

Seja quem você é.

O que me chamou atenção em George foi ele ser o primeiro livro com temática LGBT que vejo destinado ao público infantil. Livros para o público jovem já existem aos montes, mas para o público infantil... é o primeiro que vejo e achei muito bom de ver. É importante que crianças tenham essa oportunidade de verem que não é errado serem diferentes.

O livro aborda a temática de forma bem sutil; nada de namoro ou essas outras coisas. Ele trata a história de George como ela realmente é: uma criança que não se vê como garoto, e sim como garota. A forma como o autor desenvolveu a história de forma leve, mas perfeitamente bem bolada, é o ponto alto da história. O autor consegue captar a essência da infância em George: para ela, não existem rótulos, nem polêmica; George é o que é, não tem nada de complexo nisso.

O livro é bem curtinho, mas é bem desenvolvido e tem ótimos personagens. George é decidida e corajosa e quem não gostar dela não tem coração </3 A escrita do autor também é bastante fluída e divertida. 

Mas GEORGE não aborda apenas transgeneridade, mas também fala sobre bullying, família e amizade, assuntos importantes a se debater quando se fala em crianças. Alex Gino mandou muito bem nesse livro! Super recomendo.




Resenha - The Kiss of Deception - Mary E. Pearson

25 de outubro de 2016




Ano: 2016 / Páginas: 406
Idioma: português
Editora: DarkSide Books
Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro?
Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor. O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo.
Lia é a Primeira Filha do reino de  Morrighan e por isso está prometida em casamento ao príncipe de Dalbreck para unir os reinos. Desde jovem ela sabia que esse seria seu destino, mas tudo o que ela sempre quis foi casar por amor, com alguém que realmente goste dela. Então, com a ajuda da sua melhor amiga, ela foge em busca de um recomeço.


Ao saber da fuga de Lia, o príncipe de Dalbreck vai atrás dela, curioso em conhecer a mulher que fez o que ele não teve coragem de fazer: tomar controle da sua própria vida. 

Mas o que nenhum dos dois sabem é que há um reino que não vê benefício na união entre Morrighan e Dalbreck e aproveita a oportunidade para mandar um assassino atrás de Lia.

Sem saber que está sendo observada, Lia tenta colocar um novo rumo na sua vida, mas se vê cada dia mais envolvida com os dois rapazes e logo problemas começam a surgir, gerando consequências que a afetam diretamente e a fazem questionar suas ações. Será que Lia conseguirá encontrar aquilo que sempre procurou sem colocar em risco tudo que ama?



AAAH THE KISS OF DECEPTION É MARAVILHOSO <3 Desde o começo o livro me tirou o fòlego, me arrebatou e eu não larguei até acabar a leitura. Mary E. Pearson conseguiu me conquistar com esse livro f*da, FATO.

Talvez o que mais tenha me encantado tenham sido os personagens, que são muito booooons. Me apaixonei principalmente por Lia, que se mostrou uma garota decidida, forte e que não tem medo de lutar por seus sonhos. Mas os rapazes também não ficaram para trás e eu adorei os dois, também!

A trama é simples, mas maravilhosamente bem escrita. A autora brinca com as emoções do leitor, com um enredo cheio de reviravoltas e surpresa; ela me fez questionar minhas teorias sobre a a trama e PA!, me deu um tapa na cara no final. Fiquei no chão com os acontecimentos.

E, gente, o final do livro é tão instigante e revoltante ao mesmo tempo; como assim o livro acabou daquela forma? Eu li o livro logo quando lançou, mas ainda estou EXTREMAMENTE ANSIOSO para ler o segundo volume, como se tivesse acabado KOD agora!

Acho que nem preciso comentar mais, não é? Eu necessito da continuação e deixo aqui minha SUPER INDICAÇÃO: leiam esse livro para amar assim como eu. The Kiss of Deception é um dos meus favoritos ❤

Início de novembro temos THE HEART OF BETRAYAAAAAL <3 alguém me segura haha


Nova coleção Make B. Africaníssima.

21 de outubro de 2016

AVISO: Essa postagem não é patrocinada pelo O Boticário (uma pena não é mesmo).  Só que esse lançamento é tão lindo e maravilhoso precisava comentar com vocês. 


Make B. Africaníssima é inspirada na vivacidade da moda africana, nova coleção primavera-verão 2017. Possui a exclusiva tecnologia Beauty Brown que garante cor vibrante e textura de alta performance em diversos tons de pele, especialmente em peles negras e morenas. 

A coleção possui 5 batons, 2 mouses labiais, 2 quartetos de sombras, 1 fragrância com toque tropical e floral, e por fim 2 necessaires: uma vermelha e a outra azul. 

Porém quero falar dos batons (item que mais utilizo na vida).  Clicando neste link você  verá os outros itens da linha. Falemos dos batons!

Conheça Dartana por André Vianco.

18 de outubro de 2016

Hello, Hello! 

Em outubro um dos lançamentos do selo Fábrica 231 (Editora Rocco) é Dartana de André Vianco. Dartana é o primeiro volume de uma nova trilogia do autor.  

André Vianco é considerado um dos maiores nomes da da Literatura fantasia brasileira  no currículo tem mais de 15 livros publicados. Seu primeiro best-seller foi Os Sete.


“Dartana” apresenta um mundo retalhado entre vida e morte, fé e descrença, mitologias e mentiras. No romance, o primeiro de uma trilogia, “Dartana” é um planeta castigado por uma maldição da qual somente as feiticeiras escapam. Quando um novo deus da guerra surge, muitos habitantes daquele mundo sombrio marcham com ele rumo ao Combatheon, uma plataforma de guerra que representa sua única chance de se libertar da terrível maldição. Esbanjando criatividade e domínio narrativo, André Vianco constrói uma obra surpreendente em que deuses guerreiros, feiticeiras, soldados e construtores se unem para forjar um novo mundo.


Lançamento ocorreu dia 11 de outubro



Eu não li nenhum livro do autor então não poderei opinar a respeito. Mas se você já leu algum livro, deixe seu comentário. 

Resenha - Pecados no Inverno - Lisa Kleypas

10 de outubro de 2016

Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580415872
Ano: 2016
Páginas: 256
Tradutor: Maria Clara de Biase


Agora é a vez de Evangeline Jenner, a Wallflower mais tímida que também será a mais rica quando receber sua herança. Mas primeiro ela tem que escapar das garras de seus ambiciosos parentes, Evie recorre a Sebastian, visconde de St Vincent, um conhecido mulherengo, com uma proposta incrível: que se case com ela! A fama de Sebastian é tão perigosa que trinta segundos a sós com ele arruínam o bom nome de qualquer donzela. Mesmo assim, esta cativante jovenzinha se apresenta em sua casa, sem acompanhante, para lhe oferecer sua mão.
Mas a proposta impõe uma condição: depois da noite da lua-de-mel, o casal não voltará a ter relações íntimas. Evie não deseja torna-se apenas mais uma que Sebastian descarta sem piedade, o que significa que Sebastian simplesmente tem que trabalhar mais duro na sua sedução... ou, talvez entregar seu coração pela primeira vez em nome do verdadeiro amor.

Pecados no inverno conta história de Evangeline Jenner, que a princípio eu achei a mais sem graça do grupo de quatro amigas determinadas a casar. No entanto, o livro de Evie acabou saindo melhor que a encomenda e com certeza já é o meu preferido da série. 

Evie não tem mãe e seu pai, apesar de muito rico, não é um nobre e por conta disso, ela foi enviada pelo pai para ser criada com a família de sua mãe, seus tios são um completo terror e fazem da vida dela um completo inferno, ela sempre sofreu muito nas mãos dos parentes, inclusive fisicamente, mas ela nunca tomou uma atitude para se livrar disso, até que ela passa a ser proibida de visitar seu pai que encontra-se em péssimo estado de saúde. 



Tudo o que Evie quer é um tempo para cuidar do seu pai, mas para isso ela precisa de algo que não tem: liberdade. Evie então acaba procurando liberdade nos braços de um dos homens mais libertinos da sociedade, Sebastian, o visconde de St Vicent. St Vincent esta praticamente falido e acaba de se meter em um enorme problema, Evie acredita que ele não terá outra opção a não ser aceitar a sua proposta de casamento, que vem com um dote poderoso. Mas será que o casamento será somente de fachada com ela propõe?

Esse foi um dos livros da série que mais me conquistou, Evie foi exatamente o que eu esperava dela, uma mocinha que apesar de sempre ter se mostrado frágil, é na verdade uma mulher de muita coragem, força e determinação. Quando você começa a ler tudo o que aconteceu com ela, é impossível não admira-la pela sua incrível perseverança.



Pecados no Inverno é um livro cativante e envolvente, eu gosto dessa característica da Lisa de criar enredos com um toque de mistério e que envolve investigações e desperta no leitor aquela curiosidade que torna impossível largar o livro. 

Foi bem prazeroso poder matar a saudade dos personagens dos livros anteriores e ter um gostinho de quem será o próximo casal. 

Pecados no Inverno é um livro bem sedutor, Evie e Sebastian formam um casal bem quente e se completam em todos os aspectos, foi bom ver que no fundo St Vicent sempre fui um sujeito legal, mas que por coisas da vida, acabou tomando uma atitude errada, mas se põe em redenção quando a oportunidade aparece. 

O pai de Evie tem um casa de jogos e assim que Evie e Sebastian se casam eles vão morar nessa casa, adoro esse ambiente, hahahaha, que mistura o romance com o perigoso. O casal passa por poucas e boas para que Evie finalmente se livre da família, e que família foi essa meus amigos. Até agora eu ainda posso sentir ódio do tio e do primo. 

O livro também nos mostra o Cam Rohan, personagem da série Hathaways, outra série da Lisa que eu amei de paixão e se eu não tivesse lido como tudo termina para Cam, eu já começaria a torcer para que ele se casasse com outra pessoa. 

A capa é linda e na minha opinião é também a mais bonita da série até o momento. Se você curte romances de época, então esse livro é mais do que recomendado. 

Resenha - Nerve - Jeanne Ryan

9 de outubro de 2016


Editora: Outro Planeta
Ano: 2016
Páginas: 304

Você já se sentiu desafiado a fazer algo que, mesmo sabendo que pode se arrepender depois, acaba levando em frente? A heroína deste livro também.
Vee cansou de ser só mais uma garota no colégio, e quer deixar os bastidores da vida para assumir seu merecido posto sob os holofotes. E o jogo online Nerve, febre nacional transmitida ao vivo, pode ser o início dessa trajetória de sucesso. Basta que ela clique no botão “Jogador” em vez de “Espectador” para entrar na disputa, que propõe, a cada etapa, um desafio novo.
A adolescente acaba formando uma dupla imbatível com Ian, um garoto desconhecido com quem trava contato ao se inscrever em Nerve. Juntos, vão galgando posições no jogo. Mas, conforme os dois avançam na disputa, os desafios ficam cada vez mais complexos... e perigosos.

Vee é uma garota legal (e normal). Tentando compensar seu longo castigo por ter dormido sem querer no carro dentro da garagem e feito seus pais acharem que ela estava tentando se matar, Vee tem estudado bastante e sido um exemplo. Ela ajuda por trás das cortinas do teatro e está caidinha por um dos atores, que divide palco com sua melhor amiga. E isso não teria nenhum problema se os bastidores de Vee se resumissem apenas ao teatro e não à vida.


Tudo muda quando ela decide encarar o desafio Nerve, um jogo online no qual o jogador é desafiado a fazer coisas inusitadas como flertar com um desconhecido e etc em troca de prêmios. Para Vee, tudo começa com um par de sapatos incríveis, mas a cada desafio completado os prêmios vão aumentando e logo ela vê a chance de mudar o seu futuro. Só que, com a melhora dos prêmios, os desafios começam a ficar mais difíceis e perigosos. Até onde ela estaria disposta a ir?

Pessoas que gostam de vencer sempre vão jogar.

Quero começar dizendo: Nerve é muito legal. No começo, após ler o prólogo, eu fiquei com medo de não gostar do livro porque não entendi nada haha Mas logo me situei na história e aos poucos fui pegando o ritmo da história. Li o livro em 2 dias (teria lido em 1, mas sou preguiçoso).

A premissa do livro foi o que me chamou a atenção de início e durante a leitura eu fui achando a trama incrível. Sério, o desenvolvimento da história é muito bom e você se vê envolvido no Nerve também, sempre curioso para saber onde aquilo vai dar e como eles vão resolver tal desafio... Tirando a parte perigosa, eu acho que seria incrível se houvesse um desafio de verdade como o Nerve. Boa jogada, Jeanne haha

Vee no começo era uma personagem bem "pacata". Tímida, sem confiança... Ela era perfeita para ficar atrás dos holofotes, até entrar no Nerve. A mudança de Vee dentro do jogo tornou o livro muito divertido! Ela se tornou corajosa e audaciosa e eu adorei isso.

Em suma, eu adorei o livro. É divertido, diferente e prende o leitor. Claro que mudaria algumas coisas e melhoraria o final, também, mas com certeza valeu a pena ler. Super recomendo.

Vale a pena lembrar que o filme já foi lançado, com Emma Roberts como Vee <3, e pelo trailer parece muito bom. Já quero conferir.


Resenha - Raio de Sol - Kim Holden

8 de outubro de 2016


Editora: Planeta
Ano: 2016
Páginas: 448
Faça épico, costuma dizer Kate Sedgwick quando quer estimular alguém a dar o melhor de si. Nascida numa família-problema, com direito a mortes e abandono, a garota de dezenove anos sempre buscou fazer a diferença. Em vez de passar os dias lamentando os infortúnios da vida, como tantos fariam em seu lugar, sempre vê as coisas pelo lado positivo não é por outro motivo que Gus, seu melhor amigo, a chama de Raio de Sol. E é por isso que, quando passa na faculdade e se muda da ensolarada San Diego, na Califórnia, para a fria cidade de Grant, em Minnesota, ela leva consigo apenas boas lembranças e perspectivas. O que ela não espera é que será surpreendida pelo amor único aspecto da vida em relação ao qual nunca quis ser otimista ao conhecer Keller Banks, um rapaz que parece corresponder aos seus sentimentos. Acontece que tanto ele quanto ela têm um segredo. E segredos, às vezes, podem mudar tudo.

Raio de Sol nos conta a história de Kate, um jovem de dezenove anos, com uma história familiar complicada e muitas perdas pelo caminho. Mas Kate nunca se deixou abalar por nada do que aconteceu em sua vida, seu lema é viver intensamente todos os dias, cada momento da sua vida como se fosse o último, ela sempre tentar ver tudo pelo lado bom da coisa e por isso ganhou de seu melhor amigo, Gus, o apelido de Raio de Sol. 

Kate acaba de entrar na faculdade e por isso se muda de San Diego para Grant. Em meio a tantas novidades diárias, novos amigos, novas descobertas, ela acaba encontrando Keller Banks e talvez o amor tenha batido na sua porta na hora que ela mais precisa. Porém, as vezes segredos podem mudar o rumo da vida de alguém, ainda mais quando os dois lados escondem grandes segredos. 



Mesmo antes de começar essa leitura eu já tinha certeza que ela acabaria com meu coração. Várias amigas já tinha lido e todas me alertavam para eu preparar o meu coração para tudo o que estava por vir. E mesmo eu já avisada, foi impossível não me emocionar com a história de Keller e Kate. Os dois personagens são pessoas quebradas e que tiveram que lidar com a infelicidade que a vida pode nos trazer e cada um resolveu lidar com isso de maneiras diferentes.

Kate é uma pessoa tão feliz e tão positiva que eu fiquei me perguntando se isso seria possível na vida real. Eu fiquei encantada com sua determinação, sua força de vontade e a bondade de sempre querer o bem dos outros.

Com toda certeza Kate entra para o ranking de uma das melhores personagens femininas, é impressionante ver como ela lida com seus problemas, ela sempre pensa no melhor para os outros e ela carrega uma bagagem tão pesada que qualquer outra pessoa teria desistido, mas ela não. Kate é irreverente, ela é doce e ao mesmo tempo rebelde e com uma resposta na ponta da língua. Quando você pensa que por ela ter aturado tudo e mais um pouco, ela vai abaixar a cabeça, você se surpreende com cada uma de suas atitudes.



Keller é um amor de pessoa e eu entendo totalmente como ele e Kate se completam. Cheguei a cogitar um romance entre Kate e Gus, mas logo cheguei a conclusão que os melhores amigos nunca dariam certo. Gus é um músico e foi gratificante ver todo o carinho e delicadeza que ele tem com Kate, o companheirismo entre eles é inegável, mas nem sempre um casal é feito disso não é. Contudo, Gus e Kate com suas conversas foram os responsáveis por me arrancar boas risadas, mas também belas lágrimas.

Raio de Sol trouxe personagens marcantes e envolventes, vai ser difícil esquecer Keller, Kate e Gus, bem como os personagens secundários, que por sinal eu gostaria de saber o que aconteceu com cada um. 

Esse é um livro tocante e muito emocionante, por isso eu preciso dizer para que você prepare o seu coração para tudo o que vai sentir. É com certeza um livro inesquecível e todo leitor deveria-o adotar como livro de cabeceira. Kate tem uma filosofia de vida tão fantástica que eu por diversas vezes peguei-me desejando ser tão altruísta, benevolente e cheia de alegria. 

Ademais, Raio de Sol é um livro que vai te mostrar um outro lado da vida, vai te mostrar que com tudo de ruim que possa acontecer, você ainda por manter o seu sorriso no rosto. 

Mais do que recomendado. 



Lançamentos de Outubro - Editoras Arqueiro e Sextante

5 de outubro de 2016


Oi Pessoal!!!

Bora começar a listinha de lançamentos desejados para este mês??? Vem cá conferir o que a Arqueiro preparou para nós:

Resenha - Órfão X - Gregg Hurwitz

4 de outubro de 2016



Quando garoto, Evan Smoak foi recrutado no orfanato onde vivia para fazer parte de um programa americano ultrassecreto. Rebatizado de Órfão X, ele foi treinado para ser um exímio assassino e enviado aos piores lugares do mundo para missões que ninguém mais conseguia executar. Depois de longos anos de atividade, Evan deixa o programa e usa as habilidades de agente secreto para “desaparecer” e viver para um único propósito, agora sob o codinome de “Homem de lugar nenhum”: salvar e proteger pessoas pobres e indefesas como ele havia sido. No entanto, seu passado de matador sangrento passará a assombrá-lo e também a seus protegidos. Alguém tão bem treinado quanto ele – talvez um ex-colega de programa?– está na sua cola, para tentar eliminá-lo.



Aos 12 anos, Evan foi recrutado para fazer parte de um programa americano secreto. Sob o nome de Órfão X, Evan foi treinado para ser um assassino poderoso, enviado aos piores lugares do mundo para realizar as mais difíceis missões. 

Mas, um dia, Evan decide fugir e adotar a identidade "Homem de lugar nenhum", sob a qual ele protege pessoas pobres e indefesas, muitas das quais estão com sérios problemas, como ele já foi um dia. Evan se torna um justiceiro.

No entanto, poderia mesmo seu passado sangrento ficar para trás? Seus dias de assassino começam a assombrá-lo, ameaçando sua nova vida e seus protegidos. Alguém está atrás dele, alguém tão bem treinado quanto ele, e ele precisará correr contra o tempo para salvar a si mesmo e àqueles que protege.

"A parte mais difícil não é transformar você em um assassino.
A parte mais difícil é mantê-lo humano."

Quem me conhece sabe que Órfão X não faz muito o estilo de livro que eu gosto, mas essa premissa chamou minha atenção. Apesar de parecer clichê, a ideia de um garoto treinado para ser assassino me cativou e eu preciso dizer que foi uma ótima leitura!



Um dos pontos altos do livro é a escrita envolvente de Gregg; livros desse gênero geralmente são acompanhados de uma escrita detalhista e massante, mas Gregg tem uma forma bem interessante de manter o leitor atento à história. Ele descreve tudo muito bem e é cheio de frases fortes. Gostei muito da escrita dele.

Os personagens, principalmente Evan, são bem construídos. Evan consegue caminhar facilmente entre um assassino poderoso e alguém extremamente humano e isso conquista o leitor. Ler sobre como Evan salva as pessoas é incrível.

Órfão X é um livro perfeito para aqueles que gostam de livros repleto de ação, mas que não se resume apenas à ação. O livro é cheio de elementos que prendem o leitor e o fazem querer continuar a leitura até o final. Todos os elementos de uma boa ficção você encontra nesse livro.

Leitura recomendada!

Resenha - Meio Rei - Joe Abercrombie

3 de outubro de 2016

Jurei vingar a morte do meu pai. Posso até ser meio homem, mas sou capaz de fazer um juramento por inteiro. Filho caçula do rei Uthrik, Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem. Mas o que falta a Yarvi em força física lhe sobra em inteligência. Por isso ele estuda para ser ministro e, pelo resto da vida, curar e aconselhar. Ou pelo menos era o que ele pensava. Certa noite, o jovem recebe a notícia de que o pai e o irmão mais velho foram assassinados e não lhe resta escolha a não ser assumir o trono. De uma hora para outra, ele precisa endurecer para vingar as duas mortes. E logo sua jornada o lança numa saga de crueldade e amargura, traição e cinismo, em que as decisões de Yarvi determinarão o destino do reino e de todo o povo. Joe Abercrombie nos apresenta um protagonista surpreendente, numa história de percalços e amadurecimento que abre a trilogia Mar Despedaçado.

Yarvi é um príncipe, mas a ideia de se tornar rei um dia nunca foi algo em que ele acreditasse, Além de ser o filho caçula, Yarvi nasceu com a mão deformada e desde sempre foi considerado fraco pela sua família e pelas pessoas do seu reino. No seu mundo, ser fraco e incapaz de brandir uma espada é a pior coisa que poderia acontecer a um homem.

Por isso, desde jovem Yarvi decidiu abdicar de seus direitos como príncipe e treinar para se tornar ministro. Ele sempre estudou muito e sua prova para se tornar ministro de uma vez por todas está próxima, mas nem tudo sai como planejado.


Numa emboscada, seu pai e seu irmão são assassinados e os planos de Yarvi vão por água abaixo quando, de repente, ele se torna rei. Sem instrução nenhuma, Yarvi precisa endurecer para vingar as mortes, mas esse é só o começo da aventura. Yarvi cai de cabeça numa jornada de crueldade, amargura e traição, na qual suas decisões determinarão não só seu futuro, como o futuro do seu reino.

"Jurei vingar a morte do meu pai. Posso até ser meio homem, mas sou capaz de fazer um juramento por inteiro."

Meio Rei foi o primeiro livro que li de Joe Abercrombie, apesar de ele já ser conhecido pela série A Primeira Lei, e minha primeira impressão sobre ele não poderia ter sido melhor. Eu adorei o livro e já estou ansioso pela continuação.

O livro não é bem de fantasia como eu esperava, o que seria o grande atrativo para mim, mas ainda assim me prendeu bastante. Fiquei bastante surpreso com a narrativa envolvente do Joe e com o desenvolver da trama, que é habilidosamente construída, além de ser cheio de personagens incríveis e repleto de ação e aventura.



O livro tem muitas reviravoltas e certamente atinge as expectativas. Apesar de ser o primeiro volume de uma trilogia, o livro é bem fechadinho, sem deixar pontas soltas, ao mesmo tempo que deixa grandes possibilidades para os próximos volumes da trilogia. 

Meio Rei foi uma leitura muito prazerosa e cheia de surpresas. Yarvi é um personagem forte e decidido e eu gostei muito dele, além dos personagens secundários que também são incríveis. Estou ansioso por Meio Mundo!