Resenha - Magônia - Maria Dahvana Headley

31 de outubro de 2016

Ano: 2016 / Páginas: 308
Idioma: português
Editora: Record

Uma fantasia original com ótimos personagens, complexidade emocional e um universo fantástico. Aza Ray nasceu com uma estranha doença incurável que faz com que o ato de respirar se torne mais difícil. Aos médicos só resta prescrever medicamentos fortes na esperança de mantê-la viva. Quando Aza vê um misterioso navio no céu, sua família acredita que são alucinações provocadas pelos efeitos do medicamento. Mas ela sabe que não está vendo coisas, escutou alguém chamar seu nome lá de cima, nas nuvens, onde existe uma terra mágica de navios voadores e onde Aza não é mais a frágil garota enferma. Em ''Magônia'', ela não só pode respirar como cantar. Suas canções têm poderes transformadores e, através delas, Aza pode mudar o mundo abaixo das nuvens. Em uma brilhante e sensível estreia no gênero young adult, Maria Dahvana Headley constrói uma fantasia rica em nuances e cheia de simbolismo.



Aza Ray Boyle desde criança sofre com uma doença que faz com que respirar seja um trabalho complicado. Sua vida é feita de hospitais e remédios em fase de teste. Ninguém consegue diagnosticar qual sua doença, o que é o mais frustante. 

Mas, apesar de tudo, Aza tenta seguir sua vida de forma natural. Ela tem uma família incrível e um melhor amigo perfeito, por quem é secretamente apaixonada... Só que as coisas começam a ir de mal a pior.

Perto de completar 16 anos, Aza começa a alucinar. Ela vê um enorme navio navegando por trás das nuvens e ouve vozes vindas do céu, chamando por seu nome, gritando por ela. Ela tenta ao máximo ignorar e ser uma pessoa normal, acreditando que são apenas efeitos dos remédios, mas então sua saúde começa a ficar instável e o pior acontece: Aza morre.

Ou, pelo menos, é o que todos acreditam. Mas Aza acorda a bordo de um barco cheio de híbridos pessoas-pássaros que dizem que ela é a filha perdida da capitã e está em Magônia, um antigo mundo oculto nas nuvens. Lá, Aza consegue respirar novamente e, melhor ainda, consegue cantar. Seu canto possui um poder imenso e com ele ela pode mudar tudo ao seu redor. 

Mas grandes poderes em mãos erradas podem levar a grandes catástrofes e Aza precisa descobrir em quem ela pode confiar, para salvar a si mesma e aqueles que ama.

Sou matéria escura. O universo dentro de mim está cheio de alguma coisa, e nem a ciência consegue ter ideia do que seja. Sinto como se fosse feita quase inteiramente feita de mistérios.

Eu tinha expectativas beeeem diferentes sobre Magônia. A premissa e a capa do livro são bem chamativas e instigantes, o que me fez ficar louco para lê-lo; o livro não atingiu minhas expectativas da forma como eu esperava, mas acabou me surpreendendo no final. Estranho? Vou explicar.

Fiquei um pouco "perdido" no começo do livro. Nas primeiras páginas a narrativa (na visão de Aza) é um tanto intensa e confusa, cheia de frases longas e muita informação de uma vez só, mas ainda assim eu não desisti. Aos poucos, a narrativa foi melhorando e logo eu conseguia acompanhar - e gostar - da história contada pela personagem.

Outra coisa que me incomodou no começo foi: o mundo criado pela autora é BEM diferente. Não um diferente ruim, mas precisei de um tempo para me acostumar. Não vou me aprofundar porquê pode ser spoiler, mas algumas coisas eu fiquei bem "o que tá acontecendo?" haha Sei que é um livro de fantasia, mas a autora foi bem fundo no sentido de fantasia haha.

Por mais que tenha me deixado confuso no começo, eu gostei de Aza. Ela é uma personagem decidida, corajosa e cheia de personalidade. E Jason, seu amigo, não fica pra trás. Esperto, confiante, determinado... Os dois personagens, e os demais, conseguiram me conquistar e tornar a leitura mais prazerosa.

Em suma, Magônia é um livro ótimo. Não é perfeito, mas conquista o leitor com sua trama rica em fantasia e aventura. O mundo criado pela autora, mesmo que bem diferente do que estamos acostumados, é encantador e cheio de magia. Eu adorei a leitura (sério, quem não gosta de pessoas-pássaros?).

O final é o ponto alto do livro, cheio de surpresas e ação. Me prendeu bastante e me deixou louco pela continuação, já que terminou em um momento chave da história. Ficaram algumas pontas soltas na trama e várias possibilidades a serem exploradas, mas acredito que a autora vá trabalhar melhor isso em Aerie (vol. 2).

Super recomendo a leitura!


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